Atualmente vivemos em um mundo orientado por dados, engajamentos e dashboards em tempo real, a reputação ainda escapa às métricas exatas. Isso não significa que ela não possa — ou não deva — ser avaliada. Pelo contrário: reputação é um dos ativos mais estratégicos de qualquer organização. Mas, para medi-la de forma eficaz, é preciso entender que sua essência está nos sentidos e nas percepções, não apenas nos números.
Valor simbólico: a camada intangível que move decisões
A reputação de uma marca não é apenas o que ela comunica — é também o que os outros dizem, sentem e compartilham sobre ela. O valor simbólico surge desse campo relacional e cultural. Está nos códigos afetivos que uma marca ativa, nos territórios de confiança que ela ocupa e, principalmente, na coerência entre discurso e prática. Para captar esse valor, precisamos ir além dos indicadores quantitativos e adotar uma escuta qualificada e contextual.
Métricas importam. Mas não bastam.
Indicadores como NPS, share of voice ou índices de lembrança são importantes, sim. Eles oferecem um retrato parcial do impacto da comunicação. Porém, quando falamos de reputação — especialmente em temas ESG, diversidade, ética e propósito — as métricas precisam dialogar com interpretações qualitativas. O comportamento do consumidor digital atual exige autenticidade, posicionamento e responsabilidade social. E esses fatores são percebidos, mais do que contados.
A escuta ativa como ferramenta de gestão
Pesquisas etnográficas, entrevistas em profundidade, análises de discurso e monitoramentos culturais são caminhos para compreender como sua marca está sendo lida pela sociedade. Essa escuta não substitui os dados. Ela os complementa, oferecendo insights sobre sentimentos, imaginários e valores associados à marca. Em outras palavras: trata-se de entender não só o que o público faz, mas o que sente e por quê.
ESG, propósito e a nova régua da confiança
Cada vez mais, a reputação de uma marca está ligada à sua atuação em temas de impacto social e ambiental. Não basta apenas “parecer comprometido”. É preciso agir com coerência, comunicar com clareza e sustentar esse posicionamento ao longo do tempo. A reputação ESG, por exemplo, não se constrói com campanhas pontuais, mas com constância, transparência e vínculo com os contextos sociais nos quais a empresa atua.
Percepção é poder
Empresas com alta reputação simbólica têm mais facilidade em atrair talentos, negociar com stakeholders, fidelizar clientes e resistir a crises. Isso ocorre porque a confiança pública funciona como um capital simbólico. Ela é construída no longo prazo, mas pode ser abalada por incoerências ou silêncios em momentos cruciais. Gerir esse ativo com inteligência exige tanto métricas quanto sensibilidade interpretativa.
Comunicação estratégica com profundidade
A comunicação integrada precisa assumir o papel de radar e tradutora da reputação. Isso significa trabalhar em sinergia com áreas como compliance, RH, marketing, sustentabilidade e jurídico para alinhar narrativas e práticas. Aqui, o papel das ciências humanas — especialmente a antropologia e a sociologia — é fundamental. Elas ajudam a decodificar os sinais culturais e a compreender o ambiente simbólico no qual sua marca se insere.
Na dúvida, aposte no sentido
Marcas fortes não são apenas conhecidas. São compreendidas, sentidas, respeitadas. Avaliar reputação é, portanto, uma tarefa interdisciplinar, que combina dados, sensibilidade cultural, inteligência emocional e escuta ativa. Se sua empresa ainda mede reputação apenas por números, talvez esteja deixando escapar o que realmente importa: o que ela representa para as pessoas.
Na ToMoveCom, trabalhamos com metodologias híbridas de pesquisa, análise cultural e comunicação estratégica para ajudar sua marca a construir e sustentar uma reputação que realmente faça sentido. Não apenas para o mercado, mas para a sociedade. Fale com a gente e descubra como mensurar o valor simbólico da sua marca.