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Deus, Pátria, Mercado: A Privatização do Futuro e a Política do Sentimento

No Brasil, a política nunca foi apenas sobre projetos e ideologias. Como alertava Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil, 1936), somos uma nação onde a emoção guia as relações de poder – um terreno fértil para o uso estratégico da religião como mobilizador político.

Deus está na boca de governantes. Mas será que está nas decisões políticas?
🔹 Quando o nome de Deus é usado como argumento político, quem realmente se beneficia?
🔹 Como a fé é instrumentalizada para criar laços emocionais e mascarar interesses privados?
🔹 O apelo religioso na política seria apenas a versão moderna da velha cordialidade brasileira?

Essa política sentimental não acontece só aqui. Trump, Bolsonaro, Orbán e outros líderes populistas seguem um roteiro claro: mobilizam emoções, reforçam uma ideia de “povo escolhido” e criam inimigos imaginários para consolidar seu poder. Hannah Arendt (Origens do Totalitarismo, 1951) já apontava: o autoritarismo prospera quando as massas trocam a racionalidade pelo pertencimento emocional.

Mas aqui surge um paradoxo: enquanto os líderes inflamam as massas com promessas divinas, o destino do mundo está sendo decidido por CEOs de empresas de tecnologia, em reuniões fechadas, longe do olhar público.

📌 O futuro foi privatizado: quem manda no amanhã?
📌 O mundo será comandado por empresas de tecnologia, não por governos?
📌 O poder da big tech: quando a democracia é regida por algoritmos.

Shoshana Zuboff (A Era do Capitalismo de Vigilância, 2019) alerta que as grandes empresas de tecnologia não só controlam nossa privacidade, mas também moldam o que pensamos e sentimos.

Se o político usa Deus para capturar emoções e as big techs controlam dados e narrativas, estamos vivendo um cenário onde a democracia se torna um jogo de manipulação emocional e tecnológica.

👉 O que acontece quando os laços afetivos da política encontram o controle dos dados?
👉 O autoritarismo precisa de censura ou basta controlar o fluxo de informações e emoções?
👉 E nós, cidadãos, ainda temos poder real de escolha ou já fomos programados?

Esta foi mais uma edição de Quartas do Pensamento, um espaço para refletir sobre os impactos das tendências contemporâneas em nossa vida. Para não perder conteúdos como este, siga nossas redes sociais e assine nossa newsletter.

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