Você já sentiu que a sua mente é como uma sala cheia de emoções gritando ao mesmo tempo? Pois bem, Divertida Mente 2, da Pixar, estreia trazendo novas personagens emocionais para a cabeça da agora adolescente Riley — como Ansiedade, Tédio, Vergonha e Inveja — e, acredite, é um prato cheio para pensar sobre as relações de trabalho e a psicodinâmica organizacional.
No ambiente corporativo, a gente ainda finge que o profissional deixa as emoções do lado de fora, como se houvesse uma portaria da alma. Mas a verdade é que o RH moderno precisa deixar de ser apenas departamento pessoal e se tornar um curador emocional das experiências humanas nas organizações.
Ansiedade, prazer e produtividade: onde isso se cruza?
Em uma das cenas mais simbólicas, a emoção Ansiedade toma o controle. Quem nunca? No trabalho, a ansiedade aparece muitas vezes disfarçada de “proatividade”, “alta performance”, “multitarefa” — mas o custo emocional disso pode ser alto. Estamos ensinando as pessoas a performar ou a existir?
A psicologia profunda — especialmente nas ideias de Carl Gustav Jung — nos alerta que o que reprimimos não desaparece, apenas se esconde na sombra. Quantos profissionais andam emocionalmente esgotados porque não têm espaço seguro para falar de si? Quantos líderes ainda acham que vulnerabilidade é fraqueza?
O RH como designer de experiências emocionais
É hora do RH entender que gestão de talentos também é gestão das emoções. Se sua equipe está desmotivada, improdutiva ou em conflito constante, talvez seja hora de perguntar: quais emoções estão sendo silenciadas aqui?
Divertida Mente 2 é, sim, um filme infantil. Mas também é um manual simbólico de inteligência emocional, que deveria ser usado em treinamentos de liderança. Afinal, como dizia Jung, “não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas sim tornando a escuridão consciente”.
E cá entre nós: toda empresa precisa lidar com a ansiedade da Riley, com o tédio do colaborador que não vê sentido, com a vergonha de quem falhou, com a inveja que nasce da comparação constante nas redes corporativas. E só o RH — com apoio da liderança — pode mediar esse terreno.
Na ToMoveCom, entendemos que não existe comunicação estratégica sem ouvir o que as emoções gritam em silêncio. Se sua empresa busca mais que resultados — busca conexão humana, inteligência emocional e cultura organizacional saudável — venha conversar com a gente. Da pesquisa de mercado à comunicação interna, da diversidade ao ESG, nós ajudamos você a construir pontes entre razão e emoção.
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Embora se chame Sextou com Pipocas, nem toda sexta tem sessão — priorizamos compromissos profissionais que hoje sustentam nosso trabalho. Esta coluna, feita com afeto e reflexão, segue como um projeto independente, publicado quando o tempo permite e a inspiração pede passagem. Ah… e também não somos favoráveis aos anúncios invadindo seu espaço de leitura, então, aproveite!
Referências:
DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo: uma análise dos conceitos de poluição e tabu. Lisboa: Ed. 70, 1976.
MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 2008.